Então você com dó, isso mesmo dó de mim ali implorando me fazendo de cega, resolveu ficar mais dó não é um sentimento bom, não é sequer um sentimento digno de se ter por alguém, e no dia seguinte você não conseguiu disfarçar nem a dó te fez passar algumas horas do meu lado, me toquei né, percebe que não sabia exatamente o que seria de mim depois de tudo, e nem o que eu queria, mais eu tinha certeza que não queria que você ficasse ao meu lado apenas por dó, apenas pelo medo do desconhecido, e foi ai naquele domingo, que você percebeu também que deixou transparecer demais o seu desafeto e me convidou para o café da manhã, no mesmo lugar onde tomamos nosso primeiro café da manhã juntos, mas dessa vez era diferente eu estava com a cara inchada de tanto chorar, o buraco dentro de mim me fazia silenciar, tomamos nosso café e não falamos nada, logo a gente que sempre tínhamos tanto pra conversar, no caminho de volta você como de costume já estava indo para sua casa e eu já decidida mudei o rumo, nós precisávamos conversar.
No seu carro, em frente ao prédio onde morava com meu pai, te disse tudo aquilo que você não teve coragem de me dizer, e o quanto me doeu dizer que estava difícil todos os dias olhar em seus olhos e ver que você não estava satisfeito, acordar todos os dias me perguntando o que eu tinha feito porque ele deixou de amar? Ao dizer tudo isso em prantos, você apenas me olhava e não dizia nada, simplesmente concordou com o seu silencio, desistiu de mim, da gente, falei que ia te dar um último beijo mais sem nem acreditar muito no que eu disse, nos beijamos, e eu desce do carro sem olhar para atrás, sem nem me despedir pela janela como eu sempre fazia, isso acabou comigo mais eu não consegui chorar, estava cansada pois a noite anterior dormi mal então fui dormir. Dormi o resto do domingo inteiro, fui trabalhar no dia seguinte e sentia meu corpo inteiro doer, parecido quando estamos com febre, um vazio, olhava o celular de hora em hora, não tinha apetite nenhum, chegava em casa e ia deitar, porque estava doendo sabe o meu corpo doía inteiro, minha cabeça doía e assim se passou uma semana, só fui chorar mesmo no domingo seguinte e depois desse dia não parei mais de chorar.
Ai tempo foi passando nos mostrando algumas verdades, nos fazendo esquecer outras coisas, e também não posso negar que durante esse 1 ano coloquei vários pontos finais, mais o definitivo mesmo que gritei que não podia mais, que não dava mais para ficar carregando isso comigo, que as pessoas não aguentavam mais me ouvir falando disso, foi quando você arrumou uma outra namorada, nem preciso dizer que isso acabou comigo, senti aquela dor física outa vez, me tirou o chão. Quis sentir raiva da atual, coitada nem é culpa dela, mais eu percebe que não tinha nada que eu fizesse ou deixasse de fazer traria você de volta, e mesmo que voltasse nada voltaria a ser como era antes, você já estava com outra e eu precisava seguir, tem amores que são assim mesmo intensos e de tão intensos quando se acabam alguma das partes se destrói, afinal ele era intenso, e apesar de nos fazer a creditar no impossível, ele não era infinito.
Chega de ficar querendo saber da sua vida, perseguindo seus amigos, me fazendo de superior quando encontro você com ela, não eu não quero saber de você, não quero saber dos seus amigos e nem muito menos ficar perseguindo a coitada, nada mais que me faça mal vai permanecer em minha vida, hoje eu sei que eu posso escolher. Ainda não estou naquela fase na qual você é uma lembrança boa, ainda tenho ódio de você, raiva porque poderia ter sido diferente, poderíamos ter terminado quando eu quis e eu sair numa boa disso, raiva por saber que não vou amar ninguém com a intensidade e inocência que amei você, raiva porque é difícil demais reconstruir a vida...mais Deus as poucos está me dando tudo em dobro de novo!
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